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sábado, 7 de abril de 2012

Mistérios da ciência: Os estranhos sons do fundo do mar

Editoria: Curiosidades e Conhecimento 
Terça-feira, 27 abr 2010 - 09h38 

Mistérios da ciência: Os estranhos sons do fundo do mar

 
Em agosto de 1977, um estranho sinal vindo da 
constelação de Sagitário chegou às antenas do
 radiotelescópio Big Ear, da Universidade de Ohio. 
Batizado de Wow, 
o sinal permanece sem explicação até os
 dias de hoje. Vinte anos depois, outro sinal,
 dessa vez vindo das profundezas do oceano também 
chamou a atenção dos pesquisadores. O evento
 nunca mais se repetiu e também permanece 
um mistério sem solução.
espectrograma Bloop

Ouça o sinal Bloop
Ao contrário do sinal Wow captado no comprimento de onda de 21 cm (1420.4556 MHz), o sinal de 1997, batizado de Bloop tinha origem mecânica e foi registrado por microfones de alta profundidade ao largo da costa sul da América do Sul, abaixo das coordenadas 50S e 100W.
Muito forte
De acordo com pesquisadores da NOAA, Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, dos EUA, o ruído foi emitido diversas vezes durante o verão de 1997 e foi forte o suficiente para ser captado por múltiplos sensores em um raio de 5 mil quilômetros.

A gravação do áudio mostra claramente um sinal muito forte de frequência crescente de um minuto de duração. Embora o som tenha muitas semelhanças com aqueles vocalizadas pelos organismos vivos, segundo os especialistas nem mesmo a baleia azul é grande o suficiente para emitir um som tão intenso.
O intrigante som despertou a curiosidade de diversos cientistas e até mesmo a hipótese da existência de um grande mamífero desconhecido habitando o fundo dos oceanos foi levantada. Outros pesquisadores menos imaginativos acreditam que o ruído possa ter sido provocado por algum tipo de iceberg.
Apesar de outros sons estranhos e igualmente fortes terem sido detectados ao longo dos anos, o som Bloop nunca mais foi ouvido.
Outros sons
Apesar do som Bloop ter chamado a atenção dos pesquisadores pela sua intensidade e única detecção, outros sons provenientes do fundo do oceano também são alvo de investigação e também permanecem um enigma a ser desvendado pelos cientistas.

Julia
O som foi gravado em 1 de março de 1999 às 22h18 UTC abaixo das coordenadas 15S e 98W. A fonte do som é desconhecida, mas foi forte o bastante para ser captado por todos os sensores da Matriz de Hidrofones do Pacífico Equatorial. A duração é de aproximadamente 15 segundos, com frequência compreendida entre 0 e 50 Hertz. Da mesma forma que o som Bloop, foi acelerado 16 vezes para ser apresentado.

espectrograma Julia

Ouça o som Julia
Train
Esse espectrograma foi registrado em 5 de março de 1997 e mostra um som que também cresce em frequência, mas com variação bem menos acentuada que os outros registros. Frequência entre 0 e 50 Hertz e áudio acelerado 16 vezes.

espectrograma Train

Ouça o sinal Train
Upsweep
Este som foi detectado quando o Pacific Marine Environmental Laboratory, PMEL, começou os registros em 1991. O áudio consiste em um longo trem de pulsos de banda estreita e varredura crescente, com diversos segundos de duração. Da mesma maneira que os sons anteriores, a fonte emissora é bastante intensa e o sinal foi registrado em todo o Pacífico. Aparentemente é um som sazonal, com picos durante o outono e primavera.

espectrograma Upsweep

Ouça o sinal Upsweep
Sua localização é próxima a um local de atividade sísmica e vulcânica, sob as coordenadas 54S e 140W, mas a origem do som é desconhecida. O nível das emissões vem decaindo desde 1991, mas os sons ainda são captados pela Matriz de Hidrofones do Pacífico Equatorial, da NOAA.



Gráficos: Série de espectrogramas mostra diversos sons captados no oceano Pacífico e que até hoje são alvo de investigação por parte dos cientistas. Nesses espectrogramas, o eixo horizontal representa o tempo enquanto o eixo vertical a frequência. A intensidade do sinal é mostrada de acordo com a variação do brilho e cor e cor e quanto mais claro, mais intenso é o sinal registrado. Crédito: Laboratório Ambiental Marinho do Pacífico, PMEL/NOAA. 

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