Peter Khoury … teria sido forçado a manter relações sexuais com uma “mulher agressiva, loura e sem pêlos pelo corpo”. Khoury diz que deixou sua esposa no trabalho e, ao voltar para casa, foi surpreendido por duas mulheres inteiramente nuas. “Elas pareciam humanas em todos os aspectos. Uma delas tinha aparência asiática com olhos escuros, cabelo preto e liso caído na altura dos ombros. A outra parecia escandinava, com olhos claros e cabelo loiro e comprido, que ia até o meio das costas”. Khoury desconfiou que as mulheres não seriam humanas porque suas formas eram “esculpidas demais”. … a loira o pegou pela nuca, puxando-o contra os seios dela. Ele ainda tentou resistir, mas a suposta extraterrestre insistiu, exigindo uma reação do australiano. “Ela era muito forte. Me puxou com determinação e a minha boca foi parar em cima do mamilo dela. Então eu mordi“.
Khoury disse que apesar de ter arrancado um pedaço do mamilo da loura, ela não gritou. Neste momento a extraterrestre loira se voltou para a outra, com aparência asiática, e esta por sua vez se voltou diretamente para ele exibindo a mesma expressão de choque contemplativo ou confusão que a loira estava. Involuntariamente, reagindo à expressão das duas, ele engoliu o pequeno fragmento do mamilo que ainda estava em sua boca e este ficou preso em sua garganta. Começando a tossir fortemente. Foi quando, de repente, as duas mulheres simplesmente desapareceram. Depois disso, Khoury sentiu umavontade enorme de ir ao banheiro e descobriu dois finos fios de cabelo loiro em volta de seu pênis, que estava dolorido. Quando conseguiu retirar os fios, colocou-os imediatamente num saco plástico selável. “Fiz isso porque tive certeza que algo muito bizarro tinha acontecido comigo”, justificou.”…
Os fios de cabelo, guardados desde o dia do encontro, tornaram-se objeto do primeiro teste aberto de DNA feito a partir de uma evidência de abdução.
Felizmente, o ufólogo que investigou o caso de Khoury, Bill Chalker, escreveu um artigo a respeito e este está disponível na íntegra, em inglês, aqui: “Strange Evidence“. Vamos direto ao que importa, os resultados das análises do que é sem dúvida uma evidência física (embora, do quê exatamente, seja algo muito mais complicado). Senhoras e senhores, um excerto da conclusão do APEG redigida em 1999:
“análise do DNA mitocondrial da haste do cabelo de uma suposta extraterrestre loira e alta mostra que ela é biologicamente próxima à genética humana normal, mas de um tipo racial incomum… o cabelo louro fornece uma seqüência de DNA estranha e incomum … que não poderia advir facilmente de qualquer pessoa da área de Sydney [local dos eventos] exceto por uma coincidência raríssima; e só é encontrada em poucas pessoas em todo o mundo. … Embora não fosse impossível que ele tivesse contato sexual com uma mulher branca, quase albina, da área de Syndey, tal explicação é descartada pela evidência de DNA, que só se encaixa com um doador de cabelo Chinês Mongolóide. Além disso, enquanto seja possível encontrar alguns chineses em Sydney com o mesmo DNA encontrado em apenas 4% das mulheres Taiwanesas, não seria plausível encontrar uma mulher chinesa aqui com cabelo fino, quase branco, tendo o mesmo DNA raro. Finalmente, que o cabelo loiro fino não poderia plausivelmente representar uma chinesa com o cabelo quimicamente tratado (incluindo a raiz) porque seu DNA não poderia ser então facilmente extraído.
O mais provável doador do cabelo deve ser assim como o jovem alega: uma mulher loira alta que não precisa de muita cor em seu cabelo ou pele como forma de proteção contra o sol”
“Fascinante”, como diria Spock, que não era loiro nem chinês, mas talvez sugerisse explicações mais prosaicas aos elementos. A análise de DNA revelou que o cabelo parece vir de alguém de origem chinesa. Paradoxalmente, contudo, o cabelo seria loiro. Aqui reside um enigma. Ou não, capitão. Ao ler o artigo de Chalker, Khouri descreve o cabelo:
“O cabelo … parecia muito frágil, esbranquiçado, ao invés de preto ou loiro… Lembrou-me de uma linha de pescar muito fina… não era grosso. … Notei que era um cabelo alourado, esbranquiçado, não precia com o de minha mulher”.
Enquanto chineses naturalmente loiros podem ser muito raros, chineses com cabelos brancos não são tão difíceis de encontrar. Sabe, isso acontece quando os chineses envelhecem, eles são uma raça muito esquisita. O que é assim mais provável, que o cabelo seja de uma loira com DNA chinês que infelizmente agora tem um mamilo a menos, mas pode pode surgir e desaparecer da cama de um homem; ou de alguma idosa (ou idoso) de origem chinesa que de alguma forma mundana acabou indo parar no pênis de Khouri?
Apesar do que os jornalistas do Cosmopolitan tenham escrito, e da ausência de comentários de ufólogos, que deveriam saber mais sobre ufologia, é preciso alertar este não é um caso único. Seja na análise de DNA supostamente extraterrestre, seja na análise séria de evidência física advinda do pênis de um suposto abduzido. Sim, um outro infelizardo que encontrou algo que pensou ser extraterrestre em seu pênis foi Richard Price. Um belo dia em 1989, um “implante alienígena” que ele havia notado anos antes em seu pênis acabou finalmente por sair espontaneamente. Ele conseguiu levar o “implante” a David Pritchard, do MIT, que acreditava em abduções alienígenas. Mas a análise do “implante” revelou que era composto de camadas concêntricas de fibroblastos, um tipo de célula encontrada em tecido conectivo, material extracelular como colágeno e algumas fibras de algodão externas. Isto é, o dermopatologista opinou que o “implante” deveria ter sido formado ao longo dos anos por excreções do pênis de Price e fibras de suas cuecas de algodão.
Já uma suposta garra extraterrestre também já teve seu material genético analisado, em um processo elaborado e extremamente custoso, bancado pelo milionário americano Bob Bigelow. O resultado: era um caracol seco.
Apesar destes vexames, é preciso notar que tanto Khouri como Price muito provavelmente acreditam que passaram pelos eventos que descrevem. Khouri é extremamente sincero ao responder as circunstâncias de sua vida pessoal na época do incidente com as supostas extraterrestres estonteantes:
Apesar do que os jornalistas do Cosmopolitan tenham escrito, e da ausência de comentários de ufólogos, que deveriam saber mais sobre ufologia, é preciso alertar este não é um caso único. Seja na análise de DNA supostamente extraterrestre, seja na análise séria de evidência física advinda do pênis de um suposto abduzido. Sim, um outro infelizardo que encontrou algo que pensou ser extraterrestre em seu pênis foi Richard Price. Um belo dia em 1989, um “implante alienígena” que ele havia notado anos antes em seu pênis acabou finalmente por sair espontaneamente. Ele conseguiu levar o “implante” a David Pritchard, do MIT, que acreditava em abduções alienígenas. Mas a análise do “implante” revelou que era composto de camadas concêntricas de fibroblastos, um tipo de célula encontrada em tecido conectivo, material extracelular como colágeno e algumas fibras de algodão externas. Isto é, o dermopatologista opinou que o “implante” deveria ter sido formado ao longo dos anos por excreções do pênis de Price e fibras de suas cuecas de algodão.
Já uma suposta garra extraterrestre também já teve seu material genético analisado, em um processo elaborado e extremamente custoso, bancado pelo milionário americano Bob Bigelow. O resultado: era um caracol seco.
Apesar destes vexames, é preciso notar que tanto Khouri como Price muito provavelmente acreditam que passaram pelos eventos que descrevem. Khouri é extremamente sincero ao responder as circunstâncias de sua vida pessoal na época do incidente com as supostas extraterrestres estonteantes:
Bem, basciamente foi em uma época em que tinha machucados na cabeça e estava tomando muitos remédios, e estava bem doente… fui atacado durante o trabalho por três sujeitos. Fui atingido com pás na cabeça, espátulas foram jogadas em mim. Assim tinha ferimentos bem sérios. Sofri muita dor. Estava tomando muita medicação. Por causa disto eu vomitava constantemente, particularmente durante a manhã [período em que teve seu encontro].
Price tem um histórico não muito diferente. Já com relação aos pesquisadores e seus patrocinadores, a questão é um pouco mais complexa. Pode ser louvável que invistam seu próprio dinheiro em análises de milhares de dólares por acreditar genuinamente que algo extraordinário possa ser comprovado. O problema é que talvez justamente pelo investimento e expectativas, distorcem os resultados negativos que obtém. Em todos os três casos citados, apesar de análise indicar que a evidência pouco tinha de anormal, os ufólogos continuaram propondo explicações extraterrestres de forma muito similar. No caso de Price, Pritchard sugeriu que alienígenas poderiam criar implantes iguais a furúnculos naturais. No caso do terrível caracol seco, o NIDS continuou defendendo que outras evidências poderiam provar que o caso envolvia algo extraterrestre ou paranormal. E, como vimos, no caso de Khouri, preferem imaginar aliens loiras com DNA chinês do que uma velha chinesa de cabelos grisalhos.
Exames de DNA são um recurso científico poderoso, e não é surpresa que quando podem ser aplicados mesmo em uma área nebulosa e repleta de incertezas como a ufologia, permitam desvelar algo próximo de certezas. Sabemos que a garra alien do NIDS era um molusco seco. Sabemos que o cabelo fornecido por Khouri é de origem asiática, ainda que branco. Sabemos que o implante de Price era de suas cuecas de algodão. Podemos afirmar seguramente que nada disso apóia intepretações envolvendo extraterrestres.Não é surpresa então que Ademar Gevaerd, editor da revista UFO, tenha fugido do desafio originalmente proposto por ele mesmo, e acabou não oferecendo sequer uma única prova dos extraterrestres que vende(em espanhol e inglês, role até o final).
Exames de DNA são um recurso científico poderoso, e não é surpresa que quando podem ser aplicados mesmo em uma área nebulosa e repleta de incertezas como a ufologia, permitam desvelar algo próximo de certezas. Sabemos que a garra alien do NIDS era um molusco seco. Sabemos que o cabelo fornecido por Khouri é de origem asiática, ainda que branco. Sabemos que o implante de Price era de suas cuecas de algodão. Podemos afirmar seguramente que nada disso apóia intepretações envolvendo extraterrestres.Não é surpresa então que Ademar Gevaerd, editor da revista UFO, tenha fugido do desafio originalmente proposto por ele mesmo, e acabou não oferecendo sequer uma única prova dos extraterrestres que vende(em espanhol e inglês, role até o final).
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