"PARA TUDO"

domingo, 17 de março de 2013

DE VOLTA AO PASSADO

Calígula, um maluco no poder da orgias

 Que o terceiro imperador romano tenha sido um sanguinário, ninguém duvida. Suas famosas crises de epilepsia, porém, explicam pouco ou nada desse perfil. Para conhecê-lo, é preciso falar de suas origens familiares Cesônia influenciava as loucuras de caligulas e do ambiente depravado que o cercava.


 



 O aspecto assustador e o desequilíbrio mental do terceiro imperador de Roma inspiravam medo e terror na população Caligula Caesar, gravura, artista da escola italiana, 1596
A história não foi complacente com Calígula, o detentor de um reinado tão curto quanto violento no primeiro século de nossa era, em Roma. Ele permaneceu no poder de março de 37 até seu assassinato, em janeiro de 41. Foi o terceiro imperador romano, membro da dinastia júlio-claudiana, iniciada por Augusto.

A reputação de louco feroz, capaz de incríveis crueldades, foi construída ao longo de apenas quatro anos de poder, um período curto demais para fama tão arraigada, mas nada indica que ele fosse diferente do que ainda hoje se diz do personagem. O próprio nome Calígula tornou-se sinônimo de atrocidade.

Cabe, contudo, buscar a fonte primordial: a obra A vida dos doze césares, do escritor e historiador Caio Suetônio (69-c.141), que não foi contemporâneo de Calígula, mas ótimo observador dos costumes romanos. Outros historiadores, como Filo (30-50 d.C.), Josefo (37-92 d.C.) e Dião Cássio (data imprecisa do século II), também citaram o imperador em suas obras. Especificamente no caso de Calígula, Suetônio é de longe o mais influente entre os quatro, mesmo que se apontem frequentemente imperfeições em sua obra.

Para conhecer o monstro da antiga Roma, parece uma boa opção desistir de buscar refúgio atrás das crises de epilepsia de Calígula e de algumas insanidades a ele atribuídas. Doenças física e mental explicam uma parte, talvez pequena, da biografia. A outra parte passa necessariamente por sua origem familiar, o ambiente depravado no qual cresceu e, sobretudo, o estado das instituições do Império.


Mais tarde, em janeiro de 41, foi assassinado com 30 punhaldas, por Cássio Chereas a mando de um grupo de senadores, numa galeria de seu palácio. Sua esposa Cesônia e sua filha, tiveram o mesmo destino. 

tragedia no olimpo


A palavra tragédia remete à ligação entre o teatro e os ritos populares religiosos de culto Dionisíaco. Deriva da palavra grega tragós, que significa bode, animal muito usado nos sacrifícios dos festivais dionisíacos.
Em sua origem, os ditirambos (cantos constituídos de uma parte narrativa, recitada pelo cantor principal, ou corifeu, e de outra propriamente coral) em honra ao Deus Dionísio (conhecido entre os romanos como Baco) posteriormente evoluindo para o drama, para uma forma mais teatral.

Para entender a relação de Dionísio com os bodes, é preciso que se conheça o mito do Deus:
“Zeus, fora casado com sua irmã Hera, deusa do matrimônio. Hera sempre foi fidelíssima ao marido. Ele, por sua vez, a traía com semideusas e mortais. Uma dessas mortais, Sêmele, engravidou de Zeus.
Ao tomar conhecimento da traição e da gravidez, Hera aproximou-se da ingênua mortal convencendo-lhe a pedir uma prova de amor a Zeus: que ele aparecesse para Sêmele com toda a sua grandeza. Zeus, atendendo ao pedido da amante fez com que ela fosse queimada, pois um mortal não pode ver um Deus.
Então, Zeus pegou o feto, o costurou na própria coxa e o gerou (daí vem o termo fazer algo “nas coxas”). Nasceu assim Dionísio, chamado Baco pelos romanos.
Para que seu filho ficasse protegido da vingativa Hera, Zeus entregou o filho para ser criado pelas ninfas da floresta. Estas, por sua vez, transformavam Dionísio num bode cada vez que Hera tentava se aproximar“.





A tragédia sofisticou-se e despontou como gênero relativamente autônomo no século VII a.C., distanciando-se cada vez mais das festividades religiosas.
Tragédias são peças dramáticas de enredo sério que tem por fim promover no espectador uma catarse, ou purgação, ao assistir a luta dos personagens contra poderes muito mais altos e mais fortes, que em geral os levam à capitulação e à morte. A derrota das aspirações do herói trágico, muitas vezes, é atribuída à intervenção do destino ou aos seus defeitos morais e vícios que concorrem para o seu fim adverso. Atualmente não se encontram mais tragédias, no sentido antigo, e sim dramas com final infeliz.

Segundo a poética realizada por Aristóteles, as tragédias se dividem em 3 partes:
- Unidade de tempo;
- Unidade de espaço;
- Unidade de ação.

E ainda possuem as seguintes características:
* exposição: apresentação dos personagens e da estória.
* conflito: oposição e/ou luta entre diferentes forças.
* peripécia: reviravolta.
* revelação.
* catástrofe: conclusão, acontecimento principal decisivo e culminante.
* catarse: purgação, purificação, que acontece geralmente no final.


“Ao inspirar, por meio da ficção, certas emoções penosas ou malsãs, especialmente a piedade e o terror, a catarse nos liberta dessas mesmas emoções”. (Aristóteles)

Na tragédia grega clássica, o indivíduo luta contra o Destino, uma força imponderável que domina igualmente as ações dos homens e dos deuses. O herói trágico se vê enredado no emaranhado que a fatalidade arma para os incautos. 

Os principais trágicos gregos eram:
Ésquilo - Soldado e poeta que lutou contra os Persas na Batalha de Maratona e escreveu, sobre o assunto, a peça: "Os Persas". Em sua obra, a comunidade e o poder dos deuses se sobrepõem totalmente ao indivíduo. Considerava o sofrimento como caminho para o conhecimento
Sófocles - Sua primeira peça foi representada no Festival de 468 a.C. Escreveu mais de 100 peças, durante os sessenta anos de sua carreira. Em sua obra Sófocles mostra uma fé inabalável na justiça, mas o seu herói argumenta, exibe suas razões, faz valer sua vontade. Trocou o enorme coturno por um sapato mais leve (crépis), tornando a figura dos atores mais humanizada, mais próxima da realidade. Rompeu com a tradição da trilogia de peças sobre um assunto único
Eurípedes - Sua crença era de que a fé já não era suficiente. Em suas peças, os poderes divinos ainda prevalecem, mas sua obra contém a indagação sobre a condição humana usando o racionalismo e um tom cético.
Entre as obras trágicas, destacam-se "As Suplicantes", "Os Persas", "Os Sete Contra Tebas", "Prometeu Acorrentado" e a trilogia "Orestíada" formada pelas peças: "Agamêmnon", "Coéforas" e "Eumênides" de Ésquilo.
"Antígona", "Ajax", "Édipo Rei", "Electra", "As Traquínias", "Filoctetes" e "Édipo em Colona" de Sófocles.
E "Hécuba", "Hipólito", "As Fenícias", "Medéia", "As Troianas", "Hércules Furioso", "Ifigênia em Aulide", "Ifigênia em Táuride", "Helena", "Ion", "Andrômaca", "As Bacantes", "Os Heráclides", "Reso" e "O Ciclope" de Eurípedes.

A Tragédia Romana
Com exceção das peças de Sêneca (escritor e intelectual do Império Romano), sobreviveram poucos elementos da tragédia romana, nada mais que fragmentos de alguns autores. Mas Sêneca, embora não tenha poesia e força trágica, influenciou dramaturgos de várias épocas, com sua grande eloqüência. Escreveu "Octavia", drama histórico sobre a vida romana, "Hércules", "Tiestes", entre outros.
As obras trágicas de Sêneca apresentam traços bastante originais: os mitos perdem em parte seu caráter sagrado; a progressão da ação é feita com base nos dramas psicológicos vividos pelas personagens; a linguagem é rica, elaborada e ornamentada.


Por que Nero mandou pôr fogo em Roma?

 

O verdadeiro motivo de Nero colocar fogo em Roma A condenação de Cristo realizou-se no seu governo. Pilatos por defender Cristo, recebeu uma ordem do Imperador para praticar o seu próprio suicídio, o que de fato fez, atirando em alto mar ao voltar a Roma.  

Quando morreu Otávio, quem sucedeu ao poder foi Tibério do ano 14-37, era alcoólatra, provocara as maiores perversidades possíveis a um Imperador.
Ao morrer o seu sucessor fora Calígula do ano 37 a 41,  depois de Cristo, Imperador perverso, foi assassinado por uma rebelião de elite com a participação do povo, o poder foi entregue a um tio seu, Imperador Claudio, esse sim, era um doente, psicopata. Vivia bêbado e quando gostava de uma mulher, mesmo sendo casada, tomava como esposa ou amante.
 Aqui começa a história de Nero, filho de Agripina, uma prostituta de luxo,  mulher diabólica tanto o quanto ao filho,  tudo de ruim que ele aprendeu, quem ensinara foi a própria Agripina.
 Nero nasceu em 37 depois de Cristo, muito novo, começou a tramar a morte do próprio pai, aceitando as proposições da mãe, já que ela era muito bonita, desejava que estivesse livre para ser a esposa do Imperador Claudio, que sempre fora tarado por mulheres belas e casadas.



 fogo em tudo foram os cristoes
  

Calma lá! Os historiadores modernos acreditam que o mais provável é que o fogo tenham nascido por um acidente - e não provocado por Nero. A única certeza é que houve realmente um incêndio arrasador, que começou entre 18 e 19 de julho do ano 64 d.C. e destruiu boa parte de Roma, causando grande quantidade de mortes, embora o número total não seja conhecido. Um dos motivos do mistério é que os registros sobre o incêndio foram escritos várias décadas depois - não há testemunhos deixados por pessoas que tenham presenciado o fato. A teoria que põe a culpa em Nero parte da seguinte idéia: ele queria fazer uma grande reforma urbana na cidade, pondo bairros inteiros abaixo para erguer construções mais modernas. Aí, para apressar essa repaginação na metrópole, Nero teria mandado tascar fogo geral! A outra teoria - a do fogo acidental - é de que as chamas surgiram em algum dos cubículos de madeira do imenso "camelódromo" que ficava ao lado do Circo Máximo, o maior dos hipódromos romanos. Nero pode não ter feito essa loucura, mas também foi acusado de matar a mãe! Na edição do mês que vem, a gente conta essas e outras insanidades dos imperadores romanos.
É uma brasa, mora! Chamas detonaram dois terços da cidade 1. A maioria dos historiadores acredita que o incêndio que destruiu Roma surgiu perto do Circo Máximo, um hipódromo romano. Nas redondezas, havia um "camelódromo": centenas de cubículos de madeira ocupados por astrólogos, prostitutas e cozinheiros, que usavam o fogo para cozinhar e iluminar o ambiente
2. Na noite de 18 ou 19 de julho do ano 64 d.C., o calor do verão em Roma era intenso e as chamas de um desses cubículos se alastraram. Por causa do clima quente e da enorme quantidade de madeira, o fogo se espalhou, atingindo lojas de materiais inflamáveis da área
3. Para piorar, estaria soprando em Roma um forte vento no sentido sudeste, que teria atiçado as chamas e feito com que o fogo se espalhasse com rapidez pela cidade, deixando pouco tempo para que as pessoas fugissem pelas ruelas estreitas e tortuosas
4. A área mais povoada de Roma era ocupada por precários prédios de até cinco andares, feitos de madeira, tijolos e alvenaria. O fogo teria se disseminado primeiro por esses prédios e, em seguida, teria avançado para os setores mais ricos, destruindo as sólidas construções onde vivia a nobreza
5. Horas depois do início do fogo, uma gigantesca nuvem de fumaça cobria toda a cidade. Pessoas que tiveram suas casas arrasadas e testemunharam a morte de parentes entraram em desespero: em vez de fugir, elas preferiram se suicidar, jogando-se às chamas
6. Nas ruas, pessoas tentavam combater o incêndio jogando água com baldes. Algumas caíam mortas por asfixia ou morriam ao ser pisoteadas. Alguns relatos dizem que as tentativas de apagar o fogo foram impedidas por bandidos, interessados em saquear as casas abandonadas
7. E Nero nessa história? Segundo boatos, o imperador romano teria subido ao teto de seu palácio e começado a tocar sua lira, enquanto apreciava os efeitos do fogo. Outros relatos desmentem essa versão, argumentando que Nero chegou a participar de brigadas para conter o incêndio - e que as chamas destruíram até o seu palácio
8. Para conter o incêndio, grandes áreas de Roma foram demolidas para eliminar do caminho do fogo tudo o que pudesse alimentá-lo. As versões são de que o incêndio durou entre cinco e sete dias. As áreas destacadas em vermelho e laranja foram gravemente afetadas pelo desastre. Apenas a região em verde escapou de sofrer danos




Quando os anjos caem dos Céus….
 
 

A queda dos anjos

 

Quem eram os filhos de Deus e as filhas dos homens em Gênesis 6:1-4?

 Pergunta: "Quem eram os filhos de Deus e as filhas dos homens em Gênesis 6:1-4?"

Resposta:
Gênesis 6:1-4 se refere aos filhos de Deus e às filhas dos homens. Várias sugestões têm existido quanto a quem eram os filhos de Deus e por que os filhos que tiveram com as filhas dos homens cresceram em uma raça de gigantes (isso é o que a palavra Nephilim parece indicar).

Os três principais pontos de vista sobre a identidade dos filhos de Deus são: 1) eles eram anjos caídos, 2) eram poderosos governantes humanos, ou 3) eles eram descendentes devotos de Sete se casando com os descendentes ímpios de Caim. Algo que dá peso à primeira teoria é o fato de que no Antigo Testamento a expressão "filhos de Deus" sempre se refere a anjos (Jó 1:6, 2:1; 38:7). Um problema potencial com isso encontra-se em Mateus 22:30, o qual indica que os anjos não se casam. A Bíblia não nos dá nenhuma razão para acreditar que os anjos tenham um gênero ou sejam capazes de se reproduzir. Os outros dois pontos de vista não apresentam este proble

O reinar justifica a ambição,
Inda que seja no próprio inferno!
É preferível reinar no inferno
Que servir como escravos no céu!

(John Milton, O Paraíso Perdido)

A “Queda dos Anjos”, o “Pecado Original”, a “Redenção da Humanidade”… Esses arquétipos repetem-se  em todas as línguas, revestem-se de todas as cores, e a tradição do pecado, do erro, da culpa, da rebeldia, permanece…
A memória de um grande erro renovando a enorme culpa perplexa e incompreensível. Qual foi, afinal, o grande crime da humanidade? De quantas humanidades?
A culpa da humanidade católica, a culpa dos judeus, a culpa dos muçulmanos, a culpa dos brâmanes e dos budistas, a culpa da ignorante massa de hinduístas, de fetichistas curandeiros das tribos incultas da África… Afinal, o que fizeram essas multidões para carregar todas as lembranças de sua desobediência ou ingenuidade original?
Para os gnósticos, teosofistas e ocultistas em geral, o “mito” do pecado original, da queda angelical e sua maldição foram um fato ocorrido muitos milhões de anos atrás, em tempos que nem remotamente sonham os historiadores acadêmicos. Tempos em que seres fantásticos se misturavam aos homens e às bestas. Ali ocorreram tragédias que os grandes mitólogos, tratadistas e profetas explicaram em contos tais como a história de Adão e Eva, a Serpente e o Paraíso, a guerra nos céus, a desobediência…
As escrituras mais antigas e tradições orais mais bem preservadas dizem que primeiro os anjos caíram e depois o homem pecou, um pecado que são se limita ao mero erro de conseqüências reversíveis. Ao contrário, cometeu um “erro fatal”, escolheu um caminho sem volta. Sem volta?
O Gênesis judaico-cristão, em linhas alegóricas gerais, descreve esse erro como uma desobediência: o homem comeu um “fruto proibido”. Era proibido comer; comeu, se deu mal. Não teve remédio, teve de ser expulso do Jardim do Éden, da felicidade paradisíaca, nirvânica.
A Queda dos Anjos. Este é um dos mais profundos mistérios da Teologia. A Bíblia afirma que Deus fez os Anjos tão perfeitos, como podem tais seres pecar? Esse Paraíso existiu realmente neste mundo físico.
Tratou-se da legendária Lemúria, tão decantada por Madame Blavatsky e o venerável mestre Samael Aun Weor (para saber mais sobre a Lemúria, clique aqui).
Este grande mestre gnóstico tece comentários interessantíssimos sobre alguns dos principais chefes angélicos dos primitivos tempos lemúricos.
Gente de alta estirpe espiritual que se transformou em demônios ou bodhisatvas caídos, em mestres caídos. Vejamos seu texto sobre os Anjos Caídos:
O ultramoderno Lúcifer-Prometeu, involucionando espantosamente no tempo, converteu-se agora em Epitemeu, o que se vê somente após o acontecimento, porque a gloriosa filantropia universal do primeiro se degenerou há muitos séculos em interesse e adoração próprios. Ó Deuses Santos!
Quando poderemos romper estas cadeias que nos atam ao Abismo do mistério? Em que época da história do mundo ressurgirá o brilhante Titã, livre de outrora no coração de cada homem? Morrer em nós mesmos é essencial se verdadeiramente ansiamos com todas as forças da alma harmonizar as duas naturezas: Divina e Humana em cada um de nós.
Invulnerabilidade ante as forças titânicas inferiores, impenetrabilidade em grande escala, somente são possíveis eliminando-se integralmente os nossos defeitos psicológicos, esses horríveis Diabos Vermelhos mencionados no Livro da Morada Oculta. Seth, o ego animal, com todos os seus sinistros agregados subjetivos sabe ser terrivelmente maligno.
Escrito está com carvões acesos no tremendo Livro do Mistério que o Dom Luciférico, terrível como nenhum outro, tornou-se mais tarde, para desgraça nossa e de todo este aflito mundo, a causa principal, senão a própria origem do mal.

Lúcifer, de Gustave Doré, para a obra O Paraíso Perdido, de John Milton
Zeus tempestuoso, o que amontoa as nuvens, representa claramente a hoste dos progenitores primários, os Pitris, os Pais que criaram o homem à sua imagem e semelhança. Não ignoram os poucos sábios do mundo que Lúcifer-Prometeu, Maha-Asura, o doador do fogo e da luz, e acorrentado horrivelmente ao Monte Cáucaso e condenado à pena de viver, representa também os Devas rebeldes que caíram na geração animal no amanhecer da vida.
Citamos neste livro ardente do fogo, alguns desses Titãs caídos ao raiar da aurora:
Recordemos, inicialmente, Moloc, Anjo outrora luminoso, horrível rei manchado de sangue dos sacrifícios humanos e com as lágrimas dos pais e das desesperadas mães. Apesar dos sons de tambores e tímbalos, apenas eram ouvidos os clamores dos filhos, quando arrojados ao fogo, e imolados sem piedade por aquele execrável monstro, belo deus de outros tempos.
Os amonitas o adoraram em Rabba e em sua úmida planura, em Argob e em Bassam, até as mais remotas correntes do Arno.
Conta a lenda dos séculos que Salomão, filho de Davi, rei de Sião, levantou um templo a Moloc no monte do opróbrio. Dizem os Sete Senhores do Tempo que posteriormente o velho sábio dedicou ao tal anjo caído um bosque sagrado no doce vale de Hinnom. Fecunda terra perfumada que por tal motivo tão fatal, trocara desde então seu nome de Tofet e a negra Geena, verdadeiro tipo de inferno. O Grande Pecado dos Anjos se chama SOBERBA.
Seguindo Moloc, Homem-Anjo da arcaica Lemúria vulcânica, onde os rios de água pura da vida emanavam leite e mel, vem Baal-Pehor, o obsceno terror dos filhos de Moab, que habitavam desde Aroer até Nebo e ainda muito além da parte meridional do deserto de Abarim. Povos de Hesebom e Heronaim, no reino de Sión e além dos florescentes vales de Sibma, atapetados de vinhedos, e em Elealé, até o lago Asfaltites. Espantoso, esquerdo, tenebroso Baal-Pehor, em Sittim incitou os israelitas durante sua marcha pelo Nilo a que fizessem lúbricas obrigações, que tanto mal acarretram-lhes.
Desde ali este Elohim caído entre os vermelhos incêndios luciferinos astutamente estendeu suas lascivas orgias tenebrosas até o próprio monte do escândalo, muito próximo do bosque do homicida Moloc. É óbvio que assim ficou estabelecida a concupiscência abominável ao lado do ódio, até que o piedoso Josias os arrojou ao inferno.
Com essas divindades terrivelmente malignas que trazem os nomes indesejáveis de Baal e Astarot, e que no velho continente Mu foram homens exemplares, anjos humanizados, socorreram as delícias ribeirinhas banhadas pelas águas tormentosas do antigo Eufrates até a torrente que separa o Egito da terra da Síria.
Continuando, depois, em ordem sucessiva, aparece Belial. Desde o Empíreo certamente não tem caído um espírito mais impuro, nem mais grosseiramente inclinado ao vício, que essa criatura que nos antigos tempos lemúricos fora realmente um Mestre, ou Guru Angélico de inefáveis esplendores. Esse demônio terrível em outros tempos não tinha templos, nem lhe eram oferecidos sacrifícios em nenhum altar.
Entretanto, ninguém está mais presente do que ele nos templos e nos altares. Quando o sacerdote torna-se ateu, como os filhos de Eli, que infelizmente encheram de prostituições e de violência a casa do Senhor, convertem-se, de fato, em escravos de Belial.
Hierofante sublime das épocas arcaicas de nosso mundo, anjo singelo, agora perverso demônio luciférico, que reina também nos palácios e nas cortes faustosas e nas cidades dissolutas, onde o ruído do escândalo, da luxúria e do ultraje eleva-se sobre as mais elevadas torres.
E quando a noite obscurece as ruas, então vagueiam os filhos de Belial, plenos de insolência e de vinho. Testemunhas dele são as ruas de Sodoma e aquela noite horrível em que uma porta de Gaaba expôs-se uma matrona para evitar um rapto mais asqueroso.
Inspirem-me, musas! Falem-me, deuses! Para que meu estilo não desdiga da natureza do assunto. E que direi agora de Azazel, glorioso Querubim, homem extraordinário da terra antiga? Oh, quanta dor! Essa criatura excelente também caiu na geração animal… Que terrível é a sede da luxúria sexual!
O caído arranca da haste brilhante o sinal imperial. Esta, estendida e agitada ao vento, brilha como um meteoro, com as pérolas e o rico brilho do ouro que desenham nela as armas e os troféus seráficos.
E vem após Mammon, o menos elevado dos Homens-Anjos da antiga Arcádia, igualmente caído na geração bestial. Ele foi o primeiro que ensinou aos habitantes da terra a saquearem o centro do mundo, como assim o fizeram extraindo das entranhas de sua mãe alguns tesouros que valeriam mais se ficassem ocultos para sempre.
A gente cobiçosa de Mammon abriu em breve uma larga ferida na montanha e extraiu de seu seio grandes lingotes de ouro.
E quanto ao anjo Mulciber, que diremos agora? Não foi verdadeiramente menos conhecido nem careceu jamais de adoradores fanáticos na antiga Grécia, isso o sabem os divinos e os humanos.
A fábula clássica refere-se como foi precipitado do Olimpo, arrojado pelo irritado Júpiter, por cima dos cristalinos muros divinais; de nada serviu-lhe haver elevado altas torres ao céu. Homem genial da raça purpúrea no continente Mu, caído nos Abismos da paixão sexual.
E concluindo esta pequena lista de “Deidades” fulminadas pelo raio da Justiça Cósmica, é necessário dizer que de nenhuma maneira faltam no Pandemonium, a grande capital de Satanás e de seus pares, Andrameleck, de que tanto temos falado em nossos passados livros gnósticos, e Asmodeu, seu irmão, dois resplandecentes Tronos do céu estrelado de Urânia, caídos também na geração animalesca. Homens exemplares, deuses com corpos humanos na terra de Mu, revolvendo-se agora abjetos no leito de Procusto.
Quanto mais alto se está, pior é a Queda…
A hoste Luciférico-Crística que encarnou na Lemúria arcaica, induzida por aquele Nêmesis ou Karma Superior (que controla os inefáveis e que é conhecido como Lei da Katância), cometeu o erro de cair na geração animal. Nefasta foi à humana espécie a queda sexual dos Divinos Titãs, que não souberam usar o Dom de Prometeu e rolaram ao Abismo.
Nossos salvadores, os Agnishvattas, os Titãs superiores do fogo luciférico, não podem jamais ser enganados. Eles, os brilhantes Filhos da Aurora, sabem muito bem distinguir o que é uma Queda e o que é uma Descida. Alguns equivocados sinceros empenham-se agora em justificar a queda angelical.
Lúcifer é, metaforicamente, o archote condutor que ajuda o homem a encontrar sua rota através dos recifes e dos bancos de areia da vida. Lúcifer é o Logos em seu aspecto mais elevado, e o Adversário em seu aspecto inferior, refletindo-se ambos em nós e dentro de cada um de nós.
Lactâncio, falando da natureza de Cristo, faz do Logos, o Verbo, o primogênito irmão de Satã e a primeira de todas as criaturas. Na grande tempestade do fogo luciférico combatem-se mutuamente esquadrões de anjos e demônios (protótipos e antítipos).
Se aquele bom Senhor Amfortas, Rei do Santo Graal, tivesse sabido usar habilmente o Dom Luciférico no instante supremo da tentação sexual, é ostensível que haveria passado por uma transformação radical.


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