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sexta-feira, 12 de julho de 2013

Espionagem dos EUA deve minar resistência a sistema de governança na internet,

Espionagem dos EUA deve minar resistência a sistema de governança na internet, afirma Patriota
Chanceler disse que países desenvolvidos poderão repensar sua atitude em relação a essa medida
Atualizada às 19h40

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou na noite desta quinta-feira (11/07) que a resistência dos países desenvolvidos à criação de um modelo de governança multilateral na internet deverá ser vencida depois do vazamento dos programas de espionagem dos Estados Unidos.

“A reivindicação de muitos países por uma governança multilateral da internet, que tem enfrentado objeções significativas dos países desenvolvidos, poderá sofrer uma mudança. O ambiente internacional deverá mudar neste sentido”, afirmou Patriota após o primeiro dia de reuniões da Cúpula do Mercosul, em Montevidéu.

Vitor Sion/Opera Mundi


Patriota, ao lado do embaixador do Brasil no Mercosul, Ruy Pereira, durante a reunião desta quinta-feira

O chanceler também reiterou que o Brasil acionará sistemas multilaterais, como a Convenção de Viena e a Declaração Universal de Direitos Humanos para denunciar a ação do governo norte-americano. "Os Estados precisam de segurança cibernética e os direitos dos cidadãos devem ser preservados", afirmou.

Patriota também classificou como "inusitado, preocupante e sem precedentes" o fechamento do espaço aéreo de quatro países europeus ao avião do presidente boliviano, Evo Morales, na semana passada.

A decisão foi tomada devido aos boatos de que o ex-agente da CIA Edward Snowden estava no voo, o que não se confirmou. A possibilidade de Snowden viajar à América do Sul, depois de ter recebido convite de asilo de Venezuela e Bolívia, também foi abordada hoje. O teor do documento final da cúpula, no entanto, dependerá do encontro entre os presidentes do bloco, nesta sexta-feira.

Patriota ainda destacou que, com a entrada no Mercosul de Guiana e Suriname como Estados Associados, todos os países da América do Sul passaram a fazer parte do bloco de alguma maneira. “Antes do final desta década, nós teremos um espaço de livre comércio no continente”, argumentou, salientando que este prazo poderá ser antecipado.



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