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quarta-feira, 14 de março de 2012

As primeiras pistas sobre um monstro do passado

O nome tiranossauro rex quer dizer "rei lagarto tirano", e não há dúvida de que essas criaturas reinavam sobre os demais animais terrestres da época. Hoje, 65 milhões de anos depois de sua extinção, são ainda um dos animais mais conhecidos do mundo, vivos ou extintos - uma besta feroz que capturou a fascinação do público por meio de incontáveis exibições em museus, reportagens, filmes e livros. 
A pesquisa científica sobre o T. rex, bem como a fascinação popular com ele, começou em 1902, quando o paleontologista Barnum Brown, do Museu Americano de História Natural, em Nova York, liderou uma expedição de busca de fósseis ao condado de Dawson, Montana. Em um patamar rochoso, Brown e sua equipe descobriram e escavaram um esqueleto parcial de um grande e desconhecido dinossauro. A equipe de Brown retornou em busca de novos materiais em 1903, e uma vez mais em 1905. No total, eles conseguiram recuperar a mandíbula inferior, partes do crânio, a espinha, o ombro, a pélvis, as patas traseiras e outros fragmentos do dinossauro em questão. Mas não conseguiram encontrar as patas dianteiras ou os ossos do pescoço do animal.
Estudos de restos fósseis do T. rex nos dão pistas de como viveram esses animais
© istockphoto.com / David Coder
Estudos de restos fósseis do T. rex nos dão pistas de como viveram esses animais

O chefe de Brown no Museu Americano, o paleontologista Henry Osborn, publicou a primeira descrição científica do dinossauro, e escolheu o nome tiranossauro rex. O fóssil de Brown se tornou o espécime de comparação para os tiranossauros, usado como base de descrição da espécie. Em 1906, Osborn determinou que outro espécime parcial localizado por Brown em 1900 também era um T. rex. Depois, em 1908, Brown e outros colegas escavaram um tiranossauro mais completo no condado de Dawson. Ainda que o Museu Americano pretendesse inicialmente preparar e exibir os dois esqueletos, vendeu o primeiro ao Museu Carnegie de História Natural, de Pittsburgh, Pensilvânia, onde ele continuava em exibição em 2000. 
Quando Brown e Osborn começaram a estudar o T. rex, o campo da paleontologia e o da geologia ainda estavam na infância. Osborn e seus contemporâneos sabiam que os dinossauros eram répteis mas não lagartos, como os cientistas os haviam descrito inicialmente no começo do século 19 (por tradição, porém, os paleontologistas continuam a usar o sufixo "sauro", ou lagarto em latim, para designar novos dinossauros). Mas Osborn fez alguns julgamentos incorretos ao avaliar a espécie recém-descoberta, que precisaram ser revisados posteriormente. Por exemplo, a idade que estimou para os espécimes de T. rex era de três a quatro milhões de anos, ou seja, mais de 60 milhões de anos incorreta. Nas décadas que se seguiram às descobertas originais, os cientistas aprenderam muito mais sobre a idade daTerra e a anatomia do T. rex e de outros dinossauros. 

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