Atualizada às 18h02
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (12/07), pouco antes de deixar a sede do Mercosul, em Montevidéu, que o combate ao terrorismo não é uma justificativa aceitável para a espionagem praticada pelos Estados Unidos. Recentemente, reportagem do jornal britânico The Guardian revelou que o Brasil é um dos principais alvos de espionagem dos EUA no mundo.
“A cooperação transnacional no combate ao terrorismo e outros crimes não é justificativa para a violação de direitos individuais de qualquer cidadão em qualquer estado”, afirmou Dilma. Ela também reiterou que o Brasil já pediu explicações sobre o caso para os Estados Unidos.
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Na declaração final da reunião na capital uruguaia, o Mercosul definiu os programas norte-americanos como a "maior operação de espionagem conhecida no mundo até o momento".
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A presidente também disse que todos os presidentes do Mercosul devem viajar a Assunção no próximo dia 15 de agosto para assistir à cerimônia de posse de Horacio Cartes, em uma tentativa de convencer o paraguaio a recuar e aceitar voltar ao bloco sob a liderança venezuelana. “Temos todas as condições de receber o Paraguai de volta ao Mercosul” com a posse de Cartes, salientou.