Alguns dias antes de seu assassinato, o Presidente Abraham Lincoln compartilhou um sonho sobre sua própria morte com sua esposa:
“Cerca de dez dias atrás, eu fui deitar muito tarde. Eu estava acordado aguardando por despachos importantes. Não fazia muito tempo que estava na cama quando eu caí em um sono profundo, pois eu estava cansado.
Logo comecei a sonhar.
Parecia haver um silêncio mórbido ao meu redor. Então ouvi soluços silenciosos, como se algumas pessoas estivessem chorando. Eu julguei que levantei da minha cama e perambulei ao andar de baixo. Lá, o silêncio foi quebrado pelo mesmo choro lamentável, mas os enlutados eram invisíveis. Eu fui de sala em sala; nenhuma pessoa viva estava à vista, mas os mesmos sons tristes de aflição me encontraram, enquanto eu caminhava. Estava claro em todos os quartos; todos os objeto eram familiares para mim, mas onde estavam todas as pessoas que estavam afligidas como se seus corações fossem partir?
Fiquei intrigado e assustado. Qual poderia ser o significado de tudo isso? Determinado a encontrar a causa de um estado de coisas tão misteriosas e chocantes, eu continuei até chegar ao Salão Leste, onde entrei. Lá eu encontrei com uma surpresa chocante. Perante mim havia um caixão, sobre o qual repousava um corpo envolto em vestes fúnebres. Em torno dele haviam soldados parados que estavam atuando como guardas; e havia uma multidão de pessoas, algumas olhando melancolicamente para o cadáver, cujo rosto estava coberto, outros chorando miseravelmente.
“Quem está morto na Casa Branca?” – perguntei à um dos soldados. “O Presidente” – foi a sua resposta – “ele foi morto por um assassino!”. Então veio uma rajada forte de tristeza da multidão, que me despertou do meu sonho.”
Seu amigo e parceiro de lei, Ward Hill Lamon, observou que “O Sonho” de Byron foi um dos poemas favoritos de Lincoln e ele muitas vezes ouvia-o repetir as seguintes linhas:
“O sono tem seu próprio mundo,
Uma fronteira entre as coisas mal-nomeadas
Morte e existência: O sono tem seu próprio mundo,
E uma vasta região de realidade incontrolável,
E sonhos em seus desenvolvimentos têm murmúrio,
E lágrimas, e torturas, e o toque de alegria;
Eles deixam um peso sobre nossos pensamentos diários,
Eles tiram um peso de labutas diárias,
Eles realmente dividem nosso ser;”
(Tradução livre. Original segue.)
“Sleep hath its own world,
A boundary between the things misnamed
Death and existence: Sleep hath its own world,
And a wide realm of wild reality,
And dreams in their development have breath,
And tears, and tortures, and the touch of joy;
They leave a weight upon our waking thoughts,
They take a weight from off waking toils,
They do divide our being;”
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