México abriu o placar ainda no primeiro minuto, após passe errado do lateral Rafael, na derrota por 2 a 1 que custou o sonho olímpico à geração de Neymar
O Brasil teve poucos momentos de "apagão" na final olímpica, mas eles custaram caro. Após um passe errado do lateral Rafael aos 30 segundos de jogo, o México anotou em Wembley o gol mais rápido da história das Olimpíadas . Depois, durante mais de uma hora, a seleção brasileira foi para cima, pressionou o adversário, criou chances de gol. Mas, aos 30 minutos do 2º tempo, Peralta marcou novamente e selou a derrota brasileira por 2 a 1 (Hulk descontaria no último minuto), pondo fim ao sonho do ouro olímpico para a geração de Neymar e Oscar.
Jogadores mexicanos celebram o gol no primeiro minuto do jogo. Foto: AFP
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Após o susto, dominio no primeiro tempo
A final começou da pior maneira possível para o Brasil. Aos 30 segundos de jogo, o lateral Rafael, no primeiro toque de um brasileiro na bola, deu um passe curto para Sandro e facilitou a antecipação de Fabian, que tocou rapidamente para Peralta chutar forte, de fora da área, no canto direito de Gabriel, abrindo o placar. O gol relâmpago empolgou a torcida mexicana, que antes dos três minutos gritava "olé" em Wembley.
A surpresa também assustou os brasileiros, que erravam passes fáceis e depois tinham trabalho para recuperar a bola dos mexicanos, melhores no meio de campo. A primeira chance de gol surgiu apenas aos 11 minutos, quando Damião tentou lançar Oscar na cara do goleiro, mas o zagueiro adversário chegou antes para fazer o corte. O primeiro chute a gol de verdade foi de Oscar, aos 20 minutos, mas a bola saiu fraca e Jose Corona encaixou com facilidade.
A situação preocupava, e Mano Menezes mandou Hulk para o aquecimento antes dos 25 minutos. E, logo aos 31, o atacante entraria no lugar de Alex Sandro. Dali para frente, o Brasil passou a ter mais posse de bola e chegou a pressionar o México no final da primeira etapa, que terminou com 61% de posse de bola para os brasileiros, contra 39% dos "tricolores".
Os mexicanos dificultavam o toque de bola brasileiro, ao adiantar a marcação na frente e não dar espaço atrás. Quando foram para o ataque, levaram perigo, como num forte chute de Fabian, aos 33 minutos, ou numa bela troca de passes pelo lado direito da defesa brasileira, aos 35, que resultou numa batida perigosa da entrada da área.
Mas o Brasil incomodou mais durante quase toda a primeira etapa. Aos 37, Oscar fez bonita tabela com Marcelo pela esquerda e cruzou rasteiro, com perigo, mas a zaga mexicana cortou. No minuto seguinte, Hulk deu uma bomba de muito longe e obrigou o goleiro mexicano a espalmar – no rebote, Corona dividiu com Damião e colocou para escanteio.
Marcelo teve outra boa chance, após uma "parede" feita por Damião, quando a bola passou com perigo à direita do gol mexicano. O Brasil ainda ensaiou uma blitz aérea no finalzinho, com diversas bolas alçadas na área, mas sem grande perigo. No último lance da primeira etapa, Neymar bateu rasteiro de longe, mas a bola saiu à direita de Corona.
Pressão também no segundo tempo
O Brasil voltou disposto a pressionar o adversário no segundo tempo. Antes de a bola rolar, os jogadores se reuniram no gramado, fazendo um círculo para conversar. Quando o juiz apitou, o que se viu foi uma grande pressão da seleção, que não deixava a zaga mexicana respirar
Logo no primeiro minuto, Hulk arrancou pela direita e sofreu falta perigosa na entrada da área, mas a cobrança parou na coxa do zagueiro mexicano. Aos três, Neymar bateu forte de fora da área, por cima do gol, com perigo. Em seguida, o astro brasileiro invadiu a área pela esquerda, mas foi travado na hora do chute. Aos 13, ele teria nova chance perigosa dentro da área.
O México só acordou após os 20 minutos, mas levou perigo nas investidas. No primeiro ataque, Thiago Silva falhou e deixou a bola no pé do atacante Fabian. Gabriel salvou no primeiro lance, depois a bola ainda acertou o travessão brasileiro. Aos 23, um susto, novamente com Fabian, que marcou de carrinho, mas estava impedido.
Enfim, pouco antes dos 30 mintos, Peralta completou de cabeça uma cobrança de falta pela esquerda da defesa e colocou fim ao sonho do ouro olímpico inédito para o futebol brasileiro. A seleção ainda tentou alguns lances com Neymar e Pato, que havia entrado aos 25 minutos, mas de forma afobada e sem levar grande perigo. Aos 45 minutos, Hulk invadiu a área e bateu forte para descontar para o Brasil, mas era tarde.
No apito final do árbitro, os mais de 86 mil torcedores presentes em Wembley aplaudiram a seleção mexicana, que – assim como sonharam os brasileiros – conquistaram um ouro olímpico inédito para o futebol do país. Os jogadores brasileiros ficaram ainda mais dez minutos sentados no gramado, desolados, mas também foram ovacionados ao saírem do campo, como um reconhecimento da torcida de que lutaram até o final.
FICHA TÉCNICA - BRASIL 1 x 2 MÉXICO
Local: Estádio de Wembley, em Londres(Inglaterra)
Data: 11 de agosto de 2012, sábado
Horário: 11 horas (de Brasília)
Público: 86.162 pessoas
Árbitro: Mark Clattenburg (Inglaterra)
Assistentes: Stephen Child e Simon Beck (ambos ingleses)
Cartões amarelos: Marcelo (Brasil); Vidrio, Reyes e Israel Jiménez (México)
Data: 11 de agosto de 2012, sábado
Horário: 11 horas (de Brasília)
Público: 86.162 pessoas
Árbitro: Mark Clattenburg (Inglaterra)
Assistentes: Stephen Child e Simon Beck (ambos ingleses)
Cartões amarelos: Marcelo (Brasil); Vidrio, Reyes e Israel Jiménez (México)
Gols:
BRASIL: Hulk, aos 46 minutos do segundo tempo
MÉXICO: Peralta, aos 30 segundos do primeiro tempo e aos 30 minutos do segundo tempo.
BRASIL: Hulk, aos 46 minutos do segundo tempo
MÉXICO: Peralta, aos 30 segundos do primeiro tempo e aos 30 minutos do segundo tempo.
BRASIL: Gabriel; Rafael (Lucas), Thiago Silva, Juan e Marcelo; Sandro (Alexandre Pato), Rômulo, Alex Sandro (Hulk) e Oscar; Neymar e Leandro Damião
Técnico: Mano Menezes
Técnico: Mano Menezes
MÉXICO: Corona; Israel Jiménez (Vidrio), Mier, Reyes e Chávez; Enríquez e Salcido; Aquino (Ponce), Herrera e Fabian; Peralta (Raul Jiménez).
Técnico: Luis Fernando Tena
Técnico: Luis Fernando Tena
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