Dentro da criatividade mitológica, há alguns monstros de caráter benéfico, que acompanham os deuses em seus cortejos, tendo a aparência híbrida, metade humana, metade animal. Nos mares vamos encontrar as sereias e os tritões, metade humanos, metade peixes, que seguem o cortejo do deus dos mares, Poseidon. Nos campos temos as alegres figuras das divindades campestres, que trazem duas naturezas, a humana e a caprina, representada pelos Sátiros e os Silenos. Não são deuses, mas não são meros mortais, pois tomam do néctar e assim como as ninfas, não envelhecem, têm uma longa vida. São gênios campestres que protegem os homens e os seus rebanhos das feras da floresta. Os Sátiros têm o seu mito ligado não apenas ao campo, mas à fertilidade e à música, sendo que o mais famoso deles, Pã, foi o inventor da flauta que leva o seu nome.
Também possuidores de duas naturezas, a humana e a eqüestre, estão os Centauros, originários da Tessália, lugar cheio de montanhas e terras áridas, que tinha na pecuária a sua principal atividade econômica. Este povo montava os seus cavalos para mais facilmente conduzir os seus rebanhos. Esta fusão homem-cavalo originou a figura do Centauro, homem da cabeça ao tronco e cavalo da cintura para baixo. Monstro benéfico, representava a eterna luta das civilizações, do homem que traz em si o irracional e o racional.
Sátiros, Silenos e Centauros, estranhas e fascinantes criaturas mitológicas que com a dualidade do seu corpo, traduziam a essência da evolução da civilização humana, muitas vezes racional, outras vezes meramente animal.
Nascidos da Mulher Feita de Nuvem
O cavalo é um animal veloz, quando montado pelo homem, ao longe parecem um só em uma imagem definitiva. Símbolo nas civilizações antigas da força e da ousadia, o cavalo despertava a simpatia dos gregos. A partir desta admiração, surge o mito dos Centauros, nascido na Tessália, considerada na antiga Grécia, um lugar de habitantes bárbaros, cruéis e ignorantes. Por este motivo, há duas vertentes no caráter do Centauro, quando visto pelos gregos como um reflexo dos pastores e habitantes da Tessália, assumiam aspectos rude e ignorante, levados à crueldade quando embriagados. Mas a maioria das lendas sobre os Centauros, mostra-os benéficos e inteligentes, festejando com os mortais os casamentos e banquetes.
A origem dos Centauros está ligada ao mito de Ixião, habitante da Tessália, que matara a sangue frio o próprio sogro. Perseguido pelos habitantes do lugar, Ixião fugiu, percorrendo vários lugares da Grécia. Todas às vezes que era descoberto, era obrigado a fugir do lugar onde se encontrava, sem jamais ter paz. Diante da infelicidade de Ixião, Zeus (Júpiter), o senhor dos deuses, apiedou-se dele, convidando-o para viver no Olimpo.
No Olimpo Ixião não se mostrou agradecido, pelo contrário, pérfido e traiçoeiro, apaixonou-se por Hera (Juno), a rainha dos deuses, esposa de Zeus. Não contente, tentou seduzir a fiel esposa do senhor do Olimpo, confessando-lhe o seu amor e desejo. Indignada, Hera contou ao marido a ousadia de Ixião.
Zeus não castigou o seu hóspede ingrato tão logo soube das suas intenções, pelo contrário, como muita calma, preparou-lhe um grande ardil. Num pedaço de nuvem, o senhor dos deuses confeccionou uma réplica de Hera. Deu-lhe movimentos e sopros de vida. Assim, ao ver a nuvem em forma da rainha do Olimpo sorrir-lhe insinuante, Ixião não pensou duas vezes, tomou-a nos braços e a possuiu arrebatadamente, com sôfrega paixão.
Do amor traiçoeiro e infame de Ixião com uma mulher feita de nuvem, nasceu o monstro Centauro, metade homem, metade cavalo. Após o ardil, Ixião foi atirado ao Tártaro, onde ouviu, por muitos séculos, os deuses rindo da sua infâmia amorosa. Do alto do Olimpo Néfele, a mulher de nuvem que tinha o rosto de Hera, desfez-se em pranto.
Centauro foi deixado sozinho no monte Pélion. Trazia em si o irracional e o racional, a razão e a consciência mescladas com a sua natureza bestial. Centauro trazia na sua cabeça de homem o pensamento, a inteligência humana, e no seu corpo animal o desejo, o impulso naturalmente eqüino. No monte Pélion uniu-se a uma égua, gerando uma criança, dando início aos Centauros.
A origem dos Centauros está ligada ao mito de Ixião, habitante da Tessália, que matara a sangue frio o próprio sogro. Perseguido pelos habitantes do lugar, Ixião fugiu, percorrendo vários lugares da Grécia. Todas às vezes que era descoberto, era obrigado a fugir do lugar onde se encontrava, sem jamais ter paz. Diante da infelicidade de Ixião, Zeus (Júpiter), o senhor dos deuses, apiedou-se dele, convidando-o para viver no Olimpo.
No Olimpo Ixião não se mostrou agradecido, pelo contrário, pérfido e traiçoeiro, apaixonou-se por Hera (Juno), a rainha dos deuses, esposa de Zeus. Não contente, tentou seduzir a fiel esposa do senhor do Olimpo, confessando-lhe o seu amor e desejo. Indignada, Hera contou ao marido a ousadia de Ixião.
Zeus não castigou o seu hóspede ingrato tão logo soube das suas intenções, pelo contrário, como muita calma, preparou-lhe um grande ardil. Num pedaço de nuvem, o senhor dos deuses confeccionou uma réplica de Hera. Deu-lhe movimentos e sopros de vida. Assim, ao ver a nuvem em forma da rainha do Olimpo sorrir-lhe insinuante, Ixião não pensou duas vezes, tomou-a nos braços e a possuiu arrebatadamente, com sôfrega paixão.
Do amor traiçoeiro e infame de Ixião com uma mulher feita de nuvem, nasceu o monstro Centauro, metade homem, metade cavalo. Após o ardil, Ixião foi atirado ao Tártaro, onde ouviu, por muitos séculos, os deuses rindo da sua infâmia amorosa. Do alto do Olimpo Néfele, a mulher de nuvem que tinha o rosto de Hera, desfez-se em pranto.
Centauro foi deixado sozinho no monte Pélion. Trazia em si o irracional e o racional, a razão e a consciência mescladas com a sua natureza bestial. Centauro trazia na sua cabeça de homem o pensamento, a inteligência humana, e no seu corpo animal o desejo, o impulso naturalmente eqüino. No monte Pélion uniu-se a uma égua, gerando uma criança, dando início aos Centauros.
Vítimas da Embriaguez do Vinho
Os gregos não apresentavam os Centauros como seres totalmente malignos e que transmitiam o terror. Ora eram vistos como seguidores do cortejo de Dioniso (Baco), deus do vinho.
Conta a lenda que os Centauros não têm o hábito do vinho, por isto embebedam-se com facilidade, o que influi na sua parte animal, tornando-os violentos e cruéis, brigando entre si e atacando as ninfas. Esta fraqueza ante ao álcool é sintetizada na lenda do casamento de Pirítoo, o rei dos lápitas, que os convidara para as bodas. Embriagados, os Centauros provocaram confusão e briga entre os convidados. Um deles, Euritião, apoiado pelos outros, tentou violar Hipodâmia, a noiva de Pirítoo.
O incidente originou uma longa guerra entre os lápitas e os Centauros. A lenda talvez sirva para relatar uma guerra que se sucedeu de verdade. Centauros parece significar “bando de cem guerreiros”, e lápitas “os que quebram pedras de fogo”, e seriam dois povos provenientes da época neolítica, isolados nas montanhas da Tessália e na região pastoril da Arcádia, travando entre ambos, lutas constantes.
Um outro Centauro famoso foi Folo, filho de Sileno e de uma ninfa, habitante da região de Fóloe, na Élida. Conta a lenda que durante os seus doze trabalhos, Héracles (Hércules) atravessou esta região. O herói encontrou boa hospitalidade na casa de Folo, que lho ofereceu comida e pouso. Durante a ceia, Héracles solicitou vinho a Folo, mas o Centauro hesitou em servi-lo, temendo que o cheiro da bebida atraísse aos demais Centauros, que diante da embriaguez tornavam-se bestiais. Mas Héracles insistiu e Folo acabou por ceder. Ao sentir o cheiro do vinho, outros Centauros foram atraídos à casa de Folo. Lá chegando, exigiram que lhes fosse servida a bebida. Embriagados, envolveram-se em uma grande luta, fazendo com que Héracles intervisse. A luta só parou quando muitos deles foram mortos pelo herói, e outros tantos fugiram.
Conta a lenda que os Centauros não têm o hábito do vinho, por isto embebedam-se com facilidade, o que influi na sua parte animal, tornando-os violentos e cruéis, brigando entre si e atacando as ninfas. Esta fraqueza ante ao álcool é sintetizada na lenda do casamento de Pirítoo, o rei dos lápitas, que os convidara para as bodas. Embriagados, os Centauros provocaram confusão e briga entre os convidados. Um deles, Euritião, apoiado pelos outros, tentou violar Hipodâmia, a noiva de Pirítoo.
O incidente originou uma longa guerra entre os lápitas e os Centauros. A lenda talvez sirva para relatar uma guerra que se sucedeu de verdade. Centauros parece significar “bando de cem guerreiros”, e lápitas “os que quebram pedras de fogo”, e seriam dois povos provenientes da época neolítica, isolados nas montanhas da Tessália e na região pastoril da Arcádia, travando entre ambos, lutas constantes.
Um outro Centauro famoso foi Folo, filho de Sileno e de uma ninfa, habitante da região de Fóloe, na Élida. Conta a lenda que durante os seus doze trabalhos, Héracles (Hércules) atravessou esta região. O herói encontrou boa hospitalidade na casa de Folo, que lho ofereceu comida e pouso. Durante a ceia, Héracles solicitou vinho a Folo, mas o Centauro hesitou em servi-lo, temendo que o cheiro da bebida atraísse aos demais Centauros, que diante da embriaguez tornavam-se bestiais. Mas Héracles insistiu e Folo acabou por ceder. Ao sentir o cheiro do vinho, outros Centauros foram atraídos à casa de Folo. Lá chegando, exigiram que lhes fosse servida a bebida. Embriagados, envolveram-se em uma grande luta, fazendo com que Héracles intervisse. A luta só parou quando muitos deles foram mortos pelo herói, e outros tantos fugiram.
O Sábio Quirão
O mais famoso dos Centauros é o sábio Quirão, o preceptor do grande herói Aquiles. Quirão, segundo uma vertente da lenda, seria filho de Cronos (Saturno) e da ninfa oceânida Filira. Sua origem foge totalmente à lenda de Centauro, filho de Ixião e da nuvem em forma de mulher. Conta a lenda que para fugir da desconfiança da mulher, a deusa Réia (Cibele), Cronos metamorfoseia-se de cavalo para amar a bela Filira. Da união dos amantes nasce, no monte Pélion, um menino metade homem, metade cavalo. Inconformada em ter gerado um Centauro, Filira passa a ter repulsa do filho. Para não sofrer tanto com a imagem do pequeno monstro, ela pede aos deuses que a transformem em uma árvore, que nada sente. Compadecidos, os deuses a transformam em uma tília. Ao ver a amada imóvel em forma de árvore, só resta a Cronos protegê-la dos raios e dos lenhadores, fazendo com que a tília exale um agradável e inebriante perfume quando floresce na primavera.
Cronos ama o filho, decidindo que ele não terá o mesmo destino da espécie, não será cruel, violento e nem bestial. Dota-o com todas as suas virtudes de deus do tempo, fazendo-o o mais sábio dos Centauros.
Quirão herdara do pai titã, os conhecimentos da magia, da astronomia e o dom de prever o futuro. Mesmo tendo o seu lado bestial, é um Centauro gentil e sábio, conhecedor das artes e da música. É um ilustre portador de ensinamentos filosóficos e morais. Habita uma gruta, onde para lá se dirigem deuses, heróis e reis para confiar ao Centauro a educação de seus filhos. Quirão é o símbolo da superação bestial diante da razão e da cultura. É um Centauro helenizado, longe da rudeza dos Centauros da Tessália.
Cronos ama o filho, decidindo que ele não terá o mesmo destino da espécie, não será cruel, violento e nem bestial. Dota-o com todas as suas virtudes de deus do tempo, fazendo-o o mais sábio dos Centauros.
Quirão herdara do pai titã, os conhecimentos da magia, da astronomia e o dom de prever o futuro. Mesmo tendo o seu lado bestial, é um Centauro gentil e sábio, conhecedor das artes e da música. É um ilustre portador de ensinamentos filosóficos e morais. Habita uma gruta, onde para lá se dirigem deuses, heróis e reis para confiar ao Centauro a educação de seus filhos. Quirão é o símbolo da superação bestial diante da razão e da cultura. É um Centauro helenizado, longe da rudeza dos Centauros da Tessália.
As Divindades Campestres
As terras gregas, compostas por ilhas e penínsulas, são montanhosas, castigadas por rigorosos invernos e verões escaldantes, fazendo com que as atividades agrícolas fossem desenvolvidas em poucas áreas cultiváveis, e as pastoris realizadas no alto das montanhas, onde ventos fortes permitiam apenas o crescimento de ervas próprias à alimentação dos rebanhos. Para percorrer o alto das montanhas e suas pastagens, os antigos gregos tinham que atravessar florestas cerradas e bosques densos, através de trilhas estreitas e perigosas, habitadas por feras como javalis e lobos.
Para vencer a difícil luta contra um clima hostil e um relevo difícil, os gregos pediam ajuda aos deuses, venerando tenazmente as divindades agrícolas, refletidas principalmente em Deméter (Ceres), deusa da agricultura e protetora do trigo, e em Dioniso, deus protetor da vinha. Estas divindades principais, não eram as únicas veneradas pelos camponeses e pelos pastores. Outras divindades secundárias como os Sátiros, os Egipãs e os Silenos, eram cultuadas como protetoras dos rebanhos, facilitando a fertilidade do solo e à procriação dos animais.
O Sátiros, os Egipãs e os Silenos são divindades agrestes secundárias, híbridos em sua forma, meio animal, meio humano.Vivem nas florestas, em lugares impenetráveis, longe do alcance dos olhares humanos. Participam sempre do cortejo de Dioniso. São alegres e ruidosos, amam as festas, o vinho, as Ninfas e, principalmente, amam os bosques, dos quais são protetores.
Para vencer a difícil luta contra um clima hostil e um relevo difícil, os gregos pediam ajuda aos deuses, venerando tenazmente as divindades agrícolas, refletidas principalmente em Deméter (Ceres), deusa da agricultura e protetora do trigo, e em Dioniso, deus protetor da vinha. Estas divindades principais, não eram as únicas veneradas pelos camponeses e pelos pastores. Outras divindades secundárias como os Sátiros, os Egipãs e os Silenos, eram cultuadas como protetoras dos rebanhos, facilitando a fertilidade do solo e à procriação dos animais.
O Sátiros, os Egipãs e os Silenos são divindades agrestes secundárias, híbridos em sua forma, meio animal, meio humano.Vivem nas florestas, em lugares impenetráveis, longe do alcance dos olhares humanos. Participam sempre do cortejo de Dioniso. São alegres e ruidosos, amam as festas, o vinho, as Ninfas e, principalmente, amam os bosques, dos quais são protetores.
Os Sátiros
Os Sátiros têm a sua origem em duas versões mitológicas: a primeira é que seriam filhos de Hermes (Mercúrio) e de Iftiméia, outros autores atribuem a paternidade ao deus do vinho, Dioniso, com a ninfa Nicéia. São seres que trazem traços de homem e de bode. São caracterizados com uma bestialidade arrebatadora, como gênios preguiçosos, covardes e movidos por uma sensualidade que lhe dão uma sexualidade sempre em ebulição, à flor da pele. Gostam de aterrorizar os pastores e os viajantes, mas, ao mesmo tempo, protege-os das feras dos bosques, assim como protegem os seus rebanhos.
A permanente sensualidade dos Sátiros revela-lhes uma vigorosa forma física. Seu apetite sexual é insaciável, assim como a voracidade que sentem em relação ao vinho e à embriaguez.
Com o tempo há uma mudança na descrição destas entidades, que passam a ser descritos como dóceis, maliciosos e travessos, amantes da dança e da música. Esta nova imagem conserva-lhes as orelhas pontiagudas, os pequenos chifres e os pés caprinos. São eternos perseguidores das Dríades (Ninfas das árvores, em geral) e das Hamadríades (Ninfas dos carvalhos).
A permanente sensualidade dos Sátiros revela-lhes uma vigorosa forma física. Seu apetite sexual é insaciável, assim como a voracidade que sentem em relação ao vinho e à embriaguez.
Com o tempo há uma mudança na descrição destas entidades, que passam a ser descritos como dóceis, maliciosos e travessos, amantes da dança e da música. Esta nova imagem conserva-lhes as orelhas pontiagudas, os pequenos chifres e os pés caprinos. São eternos perseguidores das Dríades (Ninfas das árvores, em geral) e das Hamadríades (Ninfas dos carvalhos).
Os Egipãs e os Silenos
Os Egipãs são descendentes diretos do deus Pã. São pequenos homens peludos, com chifres e pés de cabras, trazendo o corpo terminado em cauda de peixe. Egipã seria filho de Pã e da ninfa Ega. Foi concebido numa noite de embriaguez dos pais. Atribui-lhe o som que se ouve nas conchas, tornando-a um instrumento de sopro. Egipã, assim como os seus descendentes, repetem o próprio Pã.
Os Silenos são muito parecidos com os Sátiros, embora descritos como portadores de uma aparência menos jovial. Os Silenos não surgiram na Grécia, são oriundos da Frigia. São divindades que trazem como evidências físicas uma cauda, patas e orelhas de cavalo (diferentes dos Centauros, os Silenos alongam as pernas em forma de patas eqüinas). Por estas características, são considerados gênios das águas, pois o cavalo é um animal que simboliza a água.
Através dos Silenos surgiu o mito de Sileno, nascido na Grécia, e que é diferente de todos os outros. Sua forma física em nada lembra os Silenos tradicionais, é gordo e calvo, sendo a personagem mais pitoresca do cortejo de Dioniso. Está sempre embriagado, sendo carregado pelos Sátiros. Sileno seria filho de Hermes e Gaia (Terra), ou ainda, em uma segunda versão, nascera do sangue de Urano (Céu), quando este tivera os testículos amputados pelo filho Cronos. Sileno é sábio, e tem o dom de prever o futuro, mas só revela a verdade quando está embriagado, sob os efeitos do vinho.
Sátiros, Egipãs e Silenos eram ardentemente cultuados pelos pastores e agricultores gregos, mas nenhum deles possuía festas próprias ou templos erguidos para devoção. Eram venerados pelos antigos gregos com ofertas de animais e produtos da terra.
Os Silenos são muito parecidos com os Sátiros, embora descritos como portadores de uma aparência menos jovial. Os Silenos não surgiram na Grécia, são oriundos da Frigia. São divindades que trazem como evidências físicas uma cauda, patas e orelhas de cavalo (diferentes dos Centauros, os Silenos alongam as pernas em forma de patas eqüinas). Por estas características, são considerados gênios das águas, pois o cavalo é um animal que simboliza a água.
Através dos Silenos surgiu o mito de Sileno, nascido na Grécia, e que é diferente de todos os outros. Sua forma física em nada lembra os Silenos tradicionais, é gordo e calvo, sendo a personagem mais pitoresca do cortejo de Dioniso. Está sempre embriagado, sendo carregado pelos Sátiros. Sileno seria filho de Hermes e Gaia (Terra), ou ainda, em uma segunda versão, nascera do sangue de Urano (Céu), quando este tivera os testículos amputados pelo filho Cronos. Sileno é sábio, e tem o dom de prever o futuro, mas só revela a verdade quando está embriagado, sob os efeitos do vinho.
Sátiros, Egipãs e Silenos eram ardentemente cultuados pelos pastores e agricultores gregos, mas nenhum deles possuía festas próprias ou templos erguidos para devoção. Eram venerados pelos antigos gregos com ofertas de animais e produtos da terra.
Pã, o Deus dos Rebanhos
O mais famoso dos Sátiros é Pã, o deus pastor. Há várias lendas em torno do seu nascimento, a versão mais aceita diz que é filho de Hermes e da ninfa Dríope. É em torno dele que vivem os gênios campestres, os espíritos dos bosques. Pã é um deus secundário, representado na maioria das vezes com barba, coberto por pêlos negros no corpo, com chifres na cabeça e patas de bode. A origem do mito vem da Arcádia, lugar montanhoso, que tinha como riqueza apenas a criação de cabritos e carneiros.
Segundo a lenda, Dríope rejeitou o filho tão logo nasceu, por não aceitar a sua forma híbrida. Hermes levou-o para o Olimpo, onde foi criado. Por seu jeito alegre, logo conquistou a simpatia e a afeição de todos os deuses, sendo chamado por eles de Pã, que em grego significa “tudo”.
Pã é o deus dos rebanhos. Vive errante pelas montanhas e pelos vales, aterrorizando as Ninfas dos bosques com a sua impetuosidade viril. Além de pastor e caçador, é músico. Segundo a lenda, foi o inventor da flauta agreste que leva o seu nome.
O mito de Pã traz várias lendas com as suas aventuras amorosas. A sua maior amante teria sido a ninfa Eco, que o deixou por se apaixonar pelo belo Narciso. Como vingança à amante infiel, Pã tirou-lhe a capacidade da fala, limitando-a a repetir o que os outros diziam.
A partir de uma certa altura, Pã deixou de ser visto pelos autores mitológicos como um deus, tornando-o mortal. O romano Plutarco (50? – 125? D.C.) relata a sua morte. Com o passar dos tempos, o seu culto e o culto às divindades campestres, foram desaparecendo, muito antes da cristianização da Grécia e da Roma antiga.
Segundo a lenda, Dríope rejeitou o filho tão logo nasceu, por não aceitar a sua forma híbrida. Hermes levou-o para o Olimpo, onde foi criado. Por seu jeito alegre, logo conquistou a simpatia e a afeição de todos os deuses, sendo chamado por eles de Pã, que em grego significa “tudo”.
Pã é o deus dos rebanhos. Vive errante pelas montanhas e pelos vales, aterrorizando as Ninfas dos bosques com a sua impetuosidade viril. Além de pastor e caçador, é músico. Segundo a lenda, foi o inventor da flauta agreste que leva o seu nome.
O mito de Pã traz várias lendas com as suas aventuras amorosas. A sua maior amante teria sido a ninfa Eco, que o deixou por se apaixonar pelo belo Narciso. Como vingança à amante infiel, Pã tirou-lhe a capacidade da fala, limitando-a a repetir o que os outros diziam.
A partir de uma certa altura, Pã deixou de ser visto pelos autores mitológicos como um deus, tornando-o mortal. O romano Plutarco (50? – 125? D.C.) relata a sua morte. Com o passar dos tempos, o seu culto e o culto às divindades campestres, foram desaparecendo, muito antes da cristianização da Grécia e da Roma antiga.
Faunos, Divindades Campestres Romanas
Em Roma a figura mitológica dos Sátiros era associada aos Faunos, divindades agrícolas, que tiveram a sua origem em Fauno, deus agrícola e da fecundidade. Assim como o Sileno grego, Fauno tem o dom da profecia, mas só as revela quando capturado e amarrado. Diversas versões identificam como sendo filho de Marte, outras fazem-no filho de Pico.
Fauno era venerado pelos romanos em um templo construído no monte Palatino. Nas venerações recebia o nome de Luperco. Suas festas, as Lupercálias, eram celebradas em fevereiro, tendo um caráter de purificação. No ritual eram feitos sacrifícios de cabras e bodes. Imolados os animais, o sacerdote passava a faca suja de sangue na fronte de dois jovens, em seguida lavava-lhes com leite as manchas de sangue, completando a purificação.
Os sacerdotes de Fauno vestiam-se apenas com uma pele de cabra, ou outras vezes, apresentavam-se completamente nus durante os cultos. Fauno não admitia pessoas vestidas na sua presença desde o dia que confundira Hércules e Ônfale. A lenda conta que, apaixonado por Ônfale, amante de Hércules, Fauno esperou que o casal adormecesse e adentrou o quarto escuro onde estavam. Sabia que Hércules trazia vestido sobre o corpo uma pele de leão, e Ônfale uma fina túnica. No escuro procurou o corpo que trazia a túnica e tentou possuí-lo, mas os amantes em uma brincadeira sutil, tinham trocado as roupas. Na confusão, Fauno enganara-se, deitando-se ao lado de Hércules, que despertou bruscamente, atirando-o da cama ao chão. Ao perceber o logro, Fauno sentiu grande vergonha, sendo motivo de escárnio diante dos amantes e dos deuses, que se riram do ardil. Desde então, segundo a tradição da lenda, Fauno, para evitar que se enganasse, não admitia aos sacerdotes que se lhe pusessem à frente vestidos.
Os Faunos herdaram do pai o dom da profecia. São divindades campestres semelhantes aos Sátiros gregos, sendo menos brutais e repulsivos em suas conquistas amorosas. Dividem com os Silvanos, divindades campestres como eles, que diferem apenas por preferirem morar nos bosques, sem nunca visitarem os trigais. Os Silvanos são descendentes de Silvano, a mais popular divindade agrícola romana. Assim como as divindades gregas, com o tempo foram esquecidas pelo povo que as criou.
Fauno era venerado pelos romanos em um templo construído no monte Palatino. Nas venerações recebia o nome de Luperco. Suas festas, as Lupercálias, eram celebradas em fevereiro, tendo um caráter de purificação. No ritual eram feitos sacrifícios de cabras e bodes. Imolados os animais, o sacerdote passava a faca suja de sangue na fronte de dois jovens, em seguida lavava-lhes com leite as manchas de sangue, completando a purificação.
Os sacerdotes de Fauno vestiam-se apenas com uma pele de cabra, ou outras vezes, apresentavam-se completamente nus durante os cultos. Fauno não admitia pessoas vestidas na sua presença desde o dia que confundira Hércules e Ônfale. A lenda conta que, apaixonado por Ônfale, amante de Hércules, Fauno esperou que o casal adormecesse e adentrou o quarto escuro onde estavam. Sabia que Hércules trazia vestido sobre o corpo uma pele de leão, e Ônfale uma fina túnica. No escuro procurou o corpo que trazia a túnica e tentou possuí-lo, mas os amantes em uma brincadeira sutil, tinham trocado as roupas. Na confusão, Fauno enganara-se, deitando-se ao lado de Hércules, que despertou bruscamente, atirando-o da cama ao chão. Ao perceber o logro, Fauno sentiu grande vergonha, sendo motivo de escárnio diante dos amantes e dos deuses, que se riram do ardil. Desde então, segundo a tradição da lenda, Fauno, para evitar que se enganasse, não admitia aos sacerdotes que se lhe pusessem à frente vestidos.
Os Faunos herdaram do pai o dom da profecia. São divindades campestres semelhantes aos Sátiros gregos, sendo menos brutais e repulsivos em suas conquistas amorosas. Dividem com os Silvanos, divindades campestres como eles, que diferem apenas por preferirem morar nos bosques, sem nunca visitarem os trigais. Os Silvanos são descendentes de Silvano, a mais popular divindade agrícola romana. Assim como as divindades gregas, com o tempo foram esquecidas pelo povo que as criou.
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